segunda-feira, 1 de junho de 2009

Vazamento na usina de Angra dos Reis contamina três funcionários, mas é considerado 'leve' pela estatal

Um vazamento radioativo ocorrido em 15 de maio na usina nuclear Angra 2 só foi divulgado nesta terça-feira (26/5) pela Eletronuclear, estatal que gerencia o setor. Três funcionários foram contaminados e estão em observação. A Eletronuclear afirmou em comunicado que o vazamento do material radioativo de Angra 2 foi classificado como nível 1 (o mais baixo) e por isso não há necessidade de ações reparadoras.

"O acidente em Angra 2 serve para ilustrar a incoerência de se ter no Brasil um mesmo órgão - a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) - responsável pela promoção e fiscalização da energia nuclear no país", afirma Sérgio Leitão, diretor de Campanhas do Greenpeace.

"E o fato da Eletronuclear divulgar o vazamento apenas 10 dias após o ocorrido é prova clara de que o setor nuclear no Brasil é cercado de mistério, graças à sua herança militar."

Em julho passado, duas usinas nucleares francesas tiveram vazamento de material radioativo, o que contaminou rios e prejudicou o abastecimento de água potável de algumas cidades.

Falhas de segurança foram apontadas em projetos de usinas na França e na Finlândia, inclusive em reatores considerados os mais modernos da atualidade, o EPR - que a estatal francesa Areva quer vender para o Brasil.

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